Nicolás Maduro pede para brasileiros apoiarem a Venezuela
Em ‘portunhol’ e segurando um boné do Movimento Sem Terra (MST), o presidente da Venezuela pediu apoio de brasileiros, em programa de televisão local
Nesta quinta-feira (4), Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao receber um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de presente, pediu para os brasileiros saírem às ruas para apoiar a Venezuela em “luta pela paz e soberania.”
A declaração ocorreu após o aumento da presença militar dos EUA próximos da Venezuela. A Casa Branca acusa Maduro de ser líder do Cartel de Los Soles.
EUA realiza ataques no Caribe e no Pacífico
Nos últimos meses, os Estados Unidos vêm realizando uma série de ataques contra embarcações no Mar do Caribe e no Pacífico, alegando “guerra às drogas”. A mais recente, nesta quinta-feira (4), próximo à Colômbia, matando quatro suspeitos.
EUA realiza ataque no Pacífico (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)
Após os EUA acusarem Maduro de ser líder do Cartel de Los Soles, o líder venezuelano vem reforçando sua segurança pessoal, chegando a contar com guarda-costas cubanos, além de mudar constantemente o local onde dorme e de celular, temendo um possível ataque americano.
O Cartel é acusado de vários crimes, como: roubo de combustível, garimpo ilegal, corrupção por utilizar a estrutura do Estado para fins criminosos e de narcotráfico.
Maduro acredita que ataques são pretextos para tirá-lo do poder
Na terça-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ataques terrestres para acabar com o narcotráfico na América Latina devem começar “muito em breve”. Desde setembro, ataques a embarcações já mataram mais de 80 pessoas. A maioria dos barcos partiu da Venezuela, o principal alvo da força militar de Trump no Caribe.
Maduro vem acusando os Estados Unidos de utilizar o tráfico de drogas como desculpa para tirá-lo do poder. O presidente venezuelano vem fazendo apelos tanto públicos quanto privados, pedindo por paz, chegando até a ligar para o presidente americano, onde ofereceu um acordo para deixar o cargo, mas foi recusado por Trump.
O líder venezuelano disse que aceitaria deixar o cargo se recebesse anistia total para ele e sua família, pediu também o fim das sanções dos EUA e o encerramento do processo contra ele no Tribunal Penal Internacional. Solicitou também as sanções aplicadas a mais de 100 aliados do governo, que foram acusados de corrupção, tráfico humano e violações de direitos humanos.
