Laudo aponta que tornozeleira de Bolsonaro foi danificada por fonte de calor

Perícia constatou que tornozeleira do ex-presidente teve danos causados por uma fonte de calor seria compatível com o calor do ferro de solda

18 dez, 2025
Resultado do laudo da tornozeleira eletrônica é finalizado | Reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed
Resultado do laudo da tornozeleira eletrônica é finalizado | Reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed

Nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal constatou que houve tentativa de violação na tornozeleira eletrônica que Jair Bolsonaro usava. O laudo afirma que a tornozeleira foi usada sem precisão técnica e apresentava “características de execução grosseira”, assim confirmando que os danos feitos no dispositivo eletrônico pelo ex-presidente foram causados por ferro de solda.

A perícia

O laudo feito pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal confirmou que a tornozeleira tinha estragos que aparentavam ter sido causados pelo uso de calor e também encontraram resíduos metálicos, o que é compatível com instrumentos como ferro de solda. Os peritos também afirmaram que “a interação física entre um objeto e uma ferramenta ou instrumento pode resultar na aderência, impregnação ou transferência de partículas microscópicas entre os materiais”. O documento ainda explica que foram feitos testes com ferro de solda e que os danos causados são compatíveis com o da tornozeleira que o ex-presidente usava.

O documento aponta que os danos no material sugerem que “a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”. Também ficou constatado que o que fez o alarme disparar foi o dano que o calor causou na bateria do aparelho, que ultrapassou a capa plástica que reveste a tornozeleira eletrônica.

Sobre o instrumento usado para danificar o dispositivo eletrônico, eles deixaram claro que “são instrumentos muito utilizados por profissionais de eletroeletrônica, pois a transferência de calor é pontual, o que permite aquecer a regido de interesse sem elevar muito a temperatura ao redor, tendo a evitar danos em componentes eletrônicos próximos”, explicou o laudo.


 

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Vídeo mostra como ficou dispositivo eletrônico após Bolsonaro danificá-lo (Vídeo: reprodução / Instagram / G1 / @portalg1)


Rompimento da tornozeleira

A tentativa de quebrar a tornozeleira eletrônica aconteceu no dia 22 de novembro e emitiu um alerta na Secretaria de Administração Penitenciária, o qual foi à casa de Bolsonaro, onde confirmaram a tentativa de quebra e trocaram o aparelho.

Bolsonaro confessou em novembro que tentou romper a tornozeleira eletrônica com ferro de solda. Ele estava em prisão domiciliar e sua defesa disse que o ex-presidente teve um quadro de confusão mental e alucinações que provavelmente foram causados pelo uso de medicamento controlado. A danificação da tornozeleira foi o estopim para que o STF, na pessoa do ministro Alexandre de Moraes, emitisse a prisão preventiva de Bolsonaro.

Desde então, Bolsonaro está preso em Brasília em uma sala da Superintendência da PF para cumprir sua pena de 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de golpe contra o Estado Democrático.

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