Serena Williams volta ao programa antidoping e reacende debate sobre retorno
A tenista reapareceu na lista de atletas submetidos a testes de antidoping, ficando formalmente habilitada a disputar novos torneios
A ex-número 1 mundial Serena Williams solicitou sua reintegração ao programa de testes antidoping do tênis nesta semana, voltando a constar entre os atletas monitorados pela International Tennis Integrity Agency (ITIA). A inclusão na lista oficial, datada de 6 de outubro de 2025, é o primeiro passo obrigatório para quem deseja retomar a carreira profissional — embora não garanta por si só que a norte-americana voltará a competir.
O movimento reacende o debate sobre um possível retorno da atleta, que jogou pela última vez em setembro de 2022, durante o US Open. Apesar da aparente reativação no circuito de controle antidoping, Serena usou suas redes sociais para refutar rumores de retorno, afirmando que não pretende voltar às quadras
O que representa a inscrição na ITIA
Para competir oficialmente, um tenista aposentado deve se reintegrar ao programa antidoping e permanecer disponível para testes por pelo menos seis meses antes de participar de torneios sancionados. A reentrada de Serena na lista não configura retorno automático, mas a torna elegível caso decida disputar algum torneio.
Segundo a agência, o nome da atleta voltou a constar na lista atualizada, com a notificação formal dela à entidade.
Histórico da campeã e contexto atual
Com 23 títulos de Grand Slam nos simples e uma trajetória marcada por domínio absoluto do tênis feminino durante décadas, Serena Williams é considerada por muitos a maior tenista da história. Sua última participação profissional foi na derrota para a australiana Ajla Tomljanović, no US Open de 2022. Na ocasião, ela evitou usar o termo “aposentadoria”, preferindo dizer que estava “evoluindo para longe do tênis”.
Desde então, a ex-atleta construiu uma rotina voltada à família e a projetos pessoais. A reentrada no sistema de antidoping reacende dúvidas sobre suas intenções futuras — se apenas manter elegibilidade ou se há um real plano de volta às quadras.
Serena Williams (Foto: reprodução/Robert Prange/Getty Images Embed)
Serena nega volta imediata
Poucas horas após a divulgação da lista da ITIA, Serena Williams usou a rede social X para negar que tenha planos de retorno. “Omg yall I’m NOT coming back. This wildfire is crazy” — postou a ex-campeã, referindo-se à onda de especulação sobre seu retorno.
Porta-vozes da agência confirmaram que a inclusão de seu nome não implica automaticamente em participação em torneios, apenas garante elegibilidade, sujeitando-a aos requisitos normais de controle antidoping.

Publicação de Serena Williams (Foto: reprodução/X/@serenawilliams)
O que esperar
Embora não haja confirmação de retorno, a inscrição de Serena no programa de testes sinaliza uma preparação formal que, caso ela deseje, permitiria competir a partir da segunda metade de 2026 — respeitados os prazos de elegibilidade.
Analistas esportivos destacam que, se ela decidisse voltar, o impacto seria grande — não apenas pela sua história, mas pela atenção midiática e repercussão em patrocínios. Por outro lado, sua própria negativa mantém o cenário de indefinição e suscita especulações sobre motivação real: manter elegibilidade, abrir portas para eventuais convites ou simplesmente preservar a opção em aberto.
