Brigitte Bardot marca o cinema mundial com papéis icônicos

Com mais de 40 filmes, Brigitte Bardot se tornou símbolo de liberdade, ruptura e modernidade no século XX, revolucionando a imagem da mulher no cinema

29 dez, 2025
Brigitte Bardot nos anos de auge da carreira, quando se tornou símbolo cultural além das telas | Reprodução/Jacques Haillot/Getty Images Embed
Brigitte Bardot nos anos de auge da carreira, quando se tornou símbolo cultural além das telas | Reprodução/Jacques Haillot/Getty Images Embed

Ícone absoluto do cinema francês e símbolo de liberdade feminina nas telas, Brigitte Bardot construiu uma trajetória marcante em pouco mais de duas décadas de carreira. A atriz, que morreu neste domingo (28), aos 91 anos, participou de mais de 40 produções e redefiniu a representação da mulher no cinema europeu, tornando-se uma figura central da cultura do século XX.

De musa do cinema francês a referência mundial de comportamento e estilo, Brigitte Bardot teve uma carreira intensa e transformadora. Embora tenha se afastado das telas ainda jovem, em 1973, a atriz deixou personagens que atravessaram gerações e ajudaram a romper padrões morais rígidos da época. Sua atuação unia sensualidade, autonomia e uma postura desafiadora diante das convenções sociais, algo raro no cinema dos anos 1950 e 1960.

Personagens que desafiam padrões

E Deus Criou a Mulher (1956)
Dirigido por Roger Vadim, o filme apresentou Bardot ao mundo como Juliette, uma jovem que vive seus desejos sem culpa. A obra causou impacto internacional e transformou a atriz em um fenômeno cultural, além de abrir debates sobre liberdade sexual feminina.

A Verdade (1960)
Neste drama dirigido por Henri-Georges Clouzot, Bardot interpreta uma mulher julgada pelo assassinato do ex-amante. O papel revelou uma faceta mais densa da atriz e rendeu reconhecimento crítico, consolidando sua capacidade dramática.

O Desprezo (1963)
Clássico de Jean-Luc Godard, o longa é um dos títulos mais estudados da Nouvelle Vague. Bardot vive uma mulher em crise conjugal, em uma atuação marcada por silêncios e conflitos internos.


Publicação da Prefeitura de Búzios relembra a relação de Brigitte Bardot com a cidade (Foto: Reprodução/Instagram/@buziosprefeitura)


Aventuras, sátiras e despedida dos cinemas

Viva Maria! (1965)
Ao lado de Jeanne Moreau, Bardot protagoniza uma sátira política dirigida por Louis Malle. O filme mistura aventura, humor e crítica social, ampliando o repertório artístico da atriz.

Don Juan Fosse Mulher (1973)
Um dos últimos trabalhos de Bardot no cinema, o longa revisita o mito de Don Juan sob uma perspectiva feminina, simbolizando o encerramento de sua trajetória nas telas.

Após abandonar a atuação, Brigitte Bardot dedicou-se integralmente à defesa dos direitos dos animais, fundando uma organização que se tornou referência internacional. Sua imagem, porém, segue viva no imaginário coletivo, inclusive no Brasil, país pelo qual demonstrou grande carinho e onde deixou marcas culturais duradouras, como em Búzios, cidade que homenageou a atriz após sua morte.

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