Concentração histórica de riqueza marca ranking dos mais ricos de dezembro
Ranking de dezembro destaca domínio da tecnologia: Musk lidera, dupla do Google sobe, Ellison recua e Buffett retorna ao top 10 dos mais ricos
A nova atualização do ranking global de bilionários expõe mais uma vez a força do setor de tecnologia no acúmulo de riqueza mundial e revela um cenário cada vez mais concentrado entre poucos nomes. A lista de dezembro traz mudanças relevantes no topo, reacende debates sobre desigualdade e mostra que os mercados continuam ditando o ritmo das fortunas pessoais.
Musk segue no topo
Apesar de enfrentar volatilidade nas ações de seus conglomerados, Elon Musk permanece como o indivíduo mais rico do planeta, muito por seus criptos, com patrimônio acima dos US$ 480 bilhões. A oscilação recente, porém, reacendeu especulações sobre uma possível aproximação de rivais no setor de tecnologia.
A grande movimentação do mês veio da Alphabet. A alta expressiva das ações levou Larry Page ao segundo lugar global, ultrapassando concorrentes tradicionais e consolidando sua melhor posição no ano. Sergey Brin acompanhou o movimento e também subiu na lista, reforçando o impacto direto do desempenho da gigante de tecnologia sobre as fortunas pessoais de seus fundadores.
Ellison perde terreno após queda da Oracle
Do outro lado da balança, Larry Ellison registrou a maior retração entre os líderes. A desvalorização significativa da Oracle provocou uma redução bilionária no patrimônio do executivo, que desceu posições e voltou a sentir a pressão da concorrência dentro do setor.

Larry Elisson, dono da Oracle (Foto: reprodução/X/@megatron_ron)
Figura emblemática dos mercados globais, Warren Buffett reapareceu entre os dez mais ricos após forte valorização dos ativos de seu grupo de investimentos. O retorno confirma a resiliência do investidor mesmo em um cenário marcado por altas taxas de juros, disputas regulatórias e desaceleração do crescimento global.
Setor de tecnologia domina
Com exceção do francês Bernard Arnault, representante do império de luxo LVMH, os demais nomes presentes no top 10 são norte-americanos e majoritariamente ligados à tecnologia, evidência do quanto o setor segue ditando ritmo e riqueza no século XXI. A ausência de mulheres no grupo reforça críticas já conhecidas sobre a falta de representatividade nos estratos mais altos do patrimônio mundial.
Somadas, as fortunas dos dez mais ricos superam os US$ 2,4 trilhões, número que, sozinho, ultrapassa o PIB de dezenas de países. Enquanto alguns bilionários ganham ou perdem dezenas de bilhões em poucos meses, economistas alertam que a disparidade continua crescendo, alimentada especialmente pela valorização acelerada das empresas de tecnologia e pela alta concentração acionária entre fundadores.
