Santos vence e garante permanência na Série A com atuação dominante na Vila
Santos vence o Cruzeiro por 3 a 0 na Vila, foge do rebaixamento, garante vaga na Sul-Americana e encerra um ano dramático com alívio e esperança
Em uma noite de pressão, coragem e imposição ofensiva na Vila Belmiro, o Santos venceu o Cruzeiro por 3 a 0, confirmou sua permanência na Série A e encerrou um Brasileirão que parecia perdido durante boa parte da temporada.
O Santos começou o jogo acelerado, ignorando a vantagem do empate e pressionando o Cruzeiro desde os primeiros minutos. Neymar comandou as ações, aparecendo pela esquerda em finalização que saiu pela linha de fundo. Na sequência, em escanteio cobrado pelo camisa 10, Barreal surgiu sozinho, mas desperdiçou ao chutar para fora.
O Cruzeiro tentava responder na base da velocidade. Em contra-ataque, Gabigol chegou a balançar a rede após receber passe em profundidade, mas o VAR anulou o lance por impedimento. Pouco depois, o camisa 9 limpou Souza com uma bela finta e finalizou, mas a defesa santista cortou de cabeça. O jogo seguia equilibrado, com poucas trocas de passes e muita disputa em transições rápidas.
Dois gols em dois minutos
Aos 25 minutos, o Santos transformou o domínio em gol. Guilherme cobrou escanteio com precisão, e Thaciano desviou firme de cabeça, sem chances para Léo Aragão. O meia, criticado ao longo da temporada, abriu caminho para uma atuação decisiva.
Na saída de bola, o Santos manteve o ritmo e ampliou. Neymar tabelou com Guilherme, que acelerou, cruzou, e Igor Vinícius encontrou novamente o camisa 10, que deu um toque de primeira por cima para a devolução dentro da área. Thaciano apareceu como elemento surpresa e completou para a rede: seu segundo gol em dois minutos. Quem tinha apenas um gol em todo o campeonato saiu do primeiro tempo sendo o nome do jogo.
Thaciano amplia o placar para o Santos (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge tv)
O Cruzeiro ainda teve com Gabigol uma finalização forte defendida por Brazão, enquanto o Santos quase marcou o terceiro em chute de Guilherme que Léo Aragão rebateu na trave. Antes do intervalo, Thaciano ajeitou de cabeça, Neymar tocou rápido e Guilherme apareceu cara a cara, mas parou no goleiro cruzeirense. O primeiro tempo terminou com supremacia santista.
Jogo controlado
O segundo tempo começou com o Cruzeiro tentando reagir. Aos 5 minutos, Gabigol deu belo passe de primeira para Rayan driblar Brazão e marcar, mas novamente o impedimento anulou o lance. O Santos respondeu com Neymar, que arriscou de fora após jogada individual desviada para escanteio.
Guilherme seguiu distribuindo o jogo e, aos 11, cruzou para mais uma cabeçada de Thaciano, defendida por Léo Aragão antes da defesa bloquear o rebote de Neymar. Três minutos depois, o meia quase fez seu hat-trick ao acertar o travessão, com a bola quicando em cima da linha antes de sair.
A pressão virou gol aos 15 minutos. Em novo escanteio batido por Guilherme, João Schmidt subiu livre e testou firme para o fundo do gol, ampliando para 3 a 0 em um lance muito semelhante ao primeiro do jogo.
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João Schmidt marca o terceiro gol em escanteio (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge tv)
O Cruzeiro tentou crescer. Matheus Henrique fez linda jogada e deu passe para Kaique Kenji, que buscou Gabigol antes de Zé Ivaldo cortar e Eduardo finalizar para marcar. Porém, o VAR apontou impedimento na origem e anulou mais um gol da equipe mineira.
Brazão ainda fez uma defesa espetacular frente a Bolasie, que já aparecia impedido. O Santos respondeu com Rolheiser finalizando forte aos 41, obrigando Léo Aragão a grande intervenção. No minuto seguinte, Igor Vinícius cruzou, Fagner afastou, Robinho Júnior tentou de bicicleta e Rolheiser finalizou para mais uma defesa do goleiro.
Fim do sofrimento
O apito final confirmou a vitória por 3 a 0. Após um 2025 turbulento, com quase um turno inteiro dentro da zona de rebaixamento, o Santos não apenas escapou como fechou o campeonato com vaga garantida na Copa Sul-Americana de 2026. Nos últimos dez jogos, somou quatro vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas, embalando uma arrancada decisiva para evitar o pior.
A permanência também passa pela liderança técnica e emocional de Neymar. O camisa 10 retornou ao clube em um momento delicado, encarou limitações físicas, superou lesões e esteve em campo sempre que possível para evitar uma queda histórica. Sua postura competitiva e sua influência na criação foram essenciais nos jogos finais.
Neymar fala sobre procurar ajuda psicológica para superar ano difícil (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge tv)
O Santos encerra 2025 com um alívio enorme e uma lição clara: é preciso planejamento e estabilidade para que o clube não repita o drama deste ano. Com a permanência assegurada e uma vaga internacional conquistada, o desafio agora é montar um projeto sólido que devolva protagonismo ao time em 2026.
