Wagner Moura reforça que atuar é sua maior realização pessoal e profissional
Em entrevista ao Los Angeles Times, o ator brasileiro é sincero ao falar sobre seus trabalhos e revela seu critério para escolher um projeto
A entrevista concedida por Wagner Moura ao “Los Angeles Times” nessa quarta-feira (03) está repercutindo de forma positiva para o ator brasileiro de 49 anos, com uma imensa carreira com projetos nacionais e internacionais. Wagner foi convidado a refletir sobre um padrão de seu currículo: papéis que conversam de forma direta com a política.
Do controverso Capitão Nascimento de ”Tropa de Elite’‘ (2007) , passando por Pablo Escobar em ”Narcos” (2015), na produção de ‘‘Marighella” (2021)até o Marcelo de ”O Agente Secreto” (2025), todas as interpretações de Moura levaram o público na reflexão sobre o poder, com tramas onde o discurso e seus contextos são mais atuais do que nunca.
Apesar da força destes papéis, ainda mais para Wagner que sempre se posicionou de forma clara e firme sobre suas opiniões políticas, tanto no cenário nacional, quanto no mundial, o ator foi sincero sobre o quanto o desejo de ter somente essa parte de si, como artista, sendo lembrada.
Nas palavras de Wagner
“Eu não quero ser o Che Guevara do cinema”. afirmou o ator baiano, concluindo com “Eu me sinto atraído por coisas que são políticas, mas gosto de ser ator mais do que qualquer outra coisa”
Em papéis como o atrapalhado cientista Zero de ”O Homem do Futuro” (2011), Pedro em ”Romance” (2008) e Donato de ”Praia do Futuro”, também podemos contemplar Wagner Moura. Ou seja, em toda a trajetória do artista, para além de acreditar na mensagem que está sendo transmitida, ele também acredita na arte, na própria entrega e deseja que isso seja visível ao público.
Wagner Moura em uma sessão de fotos em Toronto, durante o Festival Internacional de Cinema de Toronto (Foto: reprodução/Gareth Cattermole/Getty Images Embed)
A escolha de um papel
Wagner também ressaltou o que realmente conta para ele no momento de escolher um projeto, para o ator, o essencial é acreditar nele: “Só fiz coisas na minha vida com o único propósito de pensar: ‘Isto vai ser ótimo’. Nunca fiz nada por dinheiro ou como um degrau para algo maior, ou porque ‘Ah, este filme vai ser visto por muita gente’.”
Em um ano em que ”O Agente Secreto” chegou já sendo premiado e recebe todos os holofotes, o público fica na expectativa de quanto tão longe o baiano irá, levando com si, a arte, o discurso e o molho.
