Gominho conta que Preta Gil cogitou morte assistida antes de tratamento no exterior
Apresentador relembra momentos finais ao lado da amiga, fala sobre despedida nos Estados Unidos e destaca a lucidez da cantora diante do avanço da doença
O apresentador Gominho falou emocionadamente sobre a relação com Preta Gil ao relembrar os últimos momentos vividos ao lado da cantora, que morreu em julho de 2025, durante participação no programa Sem Censura da última quarta-feira (10). Amigo próximo da artista, ele contou que a filha de Gilberto Gil chegou a cogitar a possibilidade de morte assistida enquanto enfrentava o câncer, pouco antes de iniciar um tratamento experimental no exterior.
Segundo Gominho, a conversa aconteceu em um período de muitas dúvidas e reflexões profundas. “Ela ficou se questionando muito. Ela falou: ‘Não sei se eu faço o tratamento, se eu paro tudo, se faço suicídio assistido’. Ela cogitou essa hipótese”, relatou o apresentador, ao destacar como que Preta lidava com a própria condição. Ainda de acordo com Gominho, ele tentou incentivar a amiga a seguir adiante com o tratamento fora do Brasil, ressaltando que se tratava de uma oportunidade rara.
Gominho relembra últimos dias ao lado de Preta
Gominho também detalhou como foram os últimos dias ao lado de Preta Gil, destacando a intensidade emocional do período vivido antes da morte da cantora. Ele ressaltou a coragem da amiga ao falar abertamente sobre seus medos e decisões diante do avanço da doença.
Segundo o artista, as conversas revelavam a dimensão do momento, e a clareza com que Preta enfrentava a fase mais delicada da vida. A postura da cantora, de acordo com ele, foi marcada por franqueza e lucidez, mesmo diante de um cenário adverso.
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Gominho e Cissa Guimarães (Foto: reprodução/Instagram/@tvbrasil)
Visivelmente emocionado, Gominho também relembrou o último encontro com Preta Gil, quando pediu folga no Multishow para passar alguns dias nos Estados Unidos ao lado da amiga. Ao retornar ao Brasil, o apresentador afirmou que já carregava a sensação de despedida. “Eu estava indo embora, e ela pegou minha mão, assim, me olhou com um olhar… que ali, naquele olhar… eu fechei a porta do quarto e chorei 10 dias”, contou. O relato reforça o vínculo próximo entre os dois e a força simbólica do momento final compartilhado, que marcou profundamente o apresentador.
Legislação brasileira proíbe morte assistida
A morte assistida não é permitida pela legislação brasileira, diferentemente de países como a Suíça, onde o procedimento é autorizado em circunstâncias específicas, como ocorreu com o poeta, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras Antonio Cicero, em 2024. Preta Gil morreu aos 50 anos, em 20 de julho, nos Estados Unidos, após uma longa batalha contra o câncer colorretal.
A cantora estava fora do Brasil em busca de alternativas de tratamento e se preparava para retornar ao país quando faleceu, momentos antes de embarcar, encerrando um período marcado por tentativas de cuidado médico, exposição pública de sua luta e forte comoção entre familiares, amigos e admiradores.
